sábado, 2 de maio de 2009

Não devemos aumentar salário


Sábado, 2 de Maio de 2009


01/05/2009 - 09h03

"Não devemos aumentar salário", diz Rafael Guerra

Presidente da comissão de modernização considera inadequada a proposta de incorporar verba indenizatória ao salário dos deputados e defende unificação dos benefícios

Renata Camargo

O deputado Rafael Guerra (PSDB-M) comanda a comissão criada na última quarta-feira (29) para propor mudanças nas regras de pagamento dos parlamentares. Em entrevista ao Congresso em Foco, Guerra defendeu a unificação dos recursos destinadas ao custeio dos mandatos. Pela proposta, as despesas com passagens, telefones, serviços postais e aluguéis se enquadrariam no mesmo sistema de ressarcimento da verba indenizatória.

A unificação das verbas, segundo o deputado mineiro, atende ao objetivo de modenizar a administração e economizar nas despesas, objetivos da comissão instalada pelo presidente da Câmara, Michel Temer, para dar uma resposta às revelações feitas por este site sobre o descontrole no uso das cotas de passagens aéreas. “Hoje estes gastos somam uns R$ 27 mil para um parlamentar de Minas. Com a verba unificada, poderia cair para R$ 22 mil”, afirmou Guerra.

Primeiro secretário da Mesa Diretora da Câmara, o parlamentar tucano considera inadequada a proposta de incorporar a verba indenizatória aos salários dos deputados. “Acho que esse negócio de salário, nessa altura, não deve incorporar nada. Esse assunto morreu. Temos que acompanhar a tendência das ruas”, disse.

As ideias de Rafael Guerra se contrapõem à proposta de alguns líderes, e de Temer, de incorporar parte da verba indenizatória ao salário dos parlamentares.

Na entrevista, concedida ontem (30), o deputado mineiro declarou que também serão feitos cortes orçamentários. A construção do Anexo 5, aprovada pela gestão anterior, será afetada. Rafael Guerra destacou ainda que uma das conclusões da comissão será a necessidade de total transparência nos gastos dos parlamentares.

A seguir, os principais trechos da entrevista.

Objetivo da comissão

Na reunião do dia 21, ele [Michel Temer] me pediu para trazer uma sugestão mais ampla do que simplesmente a questão da passagem. Naquele momento, o pessoal ficou inseguro para tomar qualquer decisão, a não ser o corte da passagem aérea. Daí é que nasceu esse grupo [comissão para discutir os benefícios que os parlamentares recebem]. Tem uma sugestão, tem uma intenção, mas o pessoal decidiu aprofundar mais esse est
udo.

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